domingo, 18 de setembro de 2011

Sonho nosso de cada dia.


Psicanálise explica os significados das histórias criadas por nossas mentes quando caímos no sono.

Sabe aquele sonho esquisitíssimo que você está tendo todas as noites e lhe faz pensar que “só-mesmo-tendo-muita-criatividade-para-imaginar-tudo-aquilo”? Pois bem. Esse sonho pode ser muito mais comum (e bem menos inédito) do que você pensa. É o que garante o psicólogo escocês Ian Wallace, autor do livro ‘The Top 100 Dream’ (‘100 sonhos mais comuns’).

Na obra, ele explica que, por mais diferente que sejam as pessoas, alguns desafios do cotidiano são semelhantes. “Embora nossas experiências variem, temos padrões de comportamento similares”. São exatamente esses desafios (e a forma como lidamos com eles) que os sonhos expressam.

“Para a psicanálise, por mais que os sonhos sejam semelhantes, é preciso levar em conta a história individual. Isso conta na hora de interpretar o que se passa no cérebro quando a pessoa dorme. É claro que padrões podem se repetir. Mas é preciso estar atento aos detalhes”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, Bernard Miodownik.

Segundo o especialista, pesadelos são frequentes em momentos de dependência, insegurança e até desamparo. Por isso, bebês e crianças pequenas sofrem mais constantemente desse tipo de sonho.

Traumas e desejos

Já os estudantes costumam sonhar com provas — mas o adulto, como está sempre sendo colocado em xeque no trabalho, também pode ter esse tipo de sonho. “Às vezes uma pessoa vive uma situação traumática que passa a ser simbolizada de alguma forma nos sonhos. Enquanto essa situação não for superada, ela vai continuar sonhando”, explica Miodownik.

Ao mesmo tempo, se a pessoa quer muito realizar um desejo — seja transformar namoro em casamento ou arrumar novo emprego —, o inconsciente pode dar um empurrãozinho. “O sonho positivo pode servir de alerta para melhorarmos. Basta refletir sobre ele ao acordar”, orienta.

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