terça-feira, 30 de agosto de 2011
Jovens têm acesso fácil a cigarros.
Venda sem fiscalização contribui para atrair adolescentes.
Quase 80% dos fumantes acenderam seus primeiros cigarros antes dos 20 anos de idade. Além disso, em todo o País, 33% dos adolescentes com idades entre 13 e 15 anos já experimentaram cigarros. Os dados são da publicação ‘A situação do tabagismo no Brasil’, lançada ontem, Dia Nacional de Combate ao Fumo, pelo Instituto Nacional de Câncer Jose Alencar Gomes da Silva (Inca).
E, pior ainda: apesar de o Brasil ter leis que impedem a comercialização de cigarros para menores, elas não são respeitadas. O fácil acesso aos produtos contribui para a experimentação. Mas não é só: a presença de aditivos e açúcares tornam os derivados de tabaco mais atraentes, pois mascaram o real sabor do tabaco.
VENENO EMBRULHADO
“É veneno embrulhado em papel de presente. Hoje é possível encontrar cigarros de vários sabores, como chocolate, por exemplo. É absurdo”, critica a gerente de Divisão de Epidemiologia do Inca, Liz Almeida. De acordo com ela, tramita hoje no Congresso uma lei que proíbe a presença de aditivos nos cigarros. Mas ainda não há prazo para que seja votada.
“Por enquanto, precisamos trabalhar com as leis que temos. Qualquer pessoa pode ajudar a cumpri-las. Se viu um comerciante vendendo cigarro para um menor, converse com ele. Nossa ideia é que o comerciante entenda que a lei é para evitar que novas pessoas se tornem fumantes e morram por isso”, diz.
Sobre a pesquisa, Liz explica que foram reunidos dados que mostram a relação do adolescente com o tabaco. “Hoje, a maneira mais eficaz de evitar o tabagismo é a prevenção. É preciso impedir que o jovem experimente, para diminuirmos o número de fumantes”.
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