sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Investigação sobre hospital.
Defensoria Pública da União apura motivos da falta de materiais na unidade de Bonsucesso.
A Defensoria Pública da União (DPU) abriu ontem procedimento apuratório para investigar a situação mostrada por O DIA em reportagens sobre falta de insumos e medicamentos no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB). O problema fez com que exames e cirurgias fossem suspensas. Os defensores públicos federais André Ordacgy e Daniel Macedo enviaram ofício à unidade do Ministério da Saúde cobrando explicações. O governo federal deve responder até sexta-feira.
Em nota, o Ministério da Saúde alega que as faltas ocorreram de forma pontual. “Não é sistemática a ponto de interferir no funcionamento ou desabastecer o hospital”. Não é o que pensam os defensores públicos. “É inadmissível que um hospital desse porte não tenha materiais básicos para realização de procedimentos cirúrgicos essenciais à preservação da vida. Se há uma má gestão, isso será apurado”, afirma Macedo.
A Defensoria também vai coletar depoimentos de pacientes prejudicados pela carência de materiais, como Waldemir Sales, 56. Como O DIA publicou terça-feira, o aposentado, que sofre de câncer na próstata, teve sua cirurgia para retirada de tumor cancelada três vezes — uma por falta de filmes para exames de raios x.
“O artigo 196 da Constituição garante o acesso à saúde pública integral, de forma gratuita e de qualidade”, afirma Ordacgy. Os defensores pedem que pacientes e familiares que tenham sofrido com a crise denunciem o problema à DPU. As denúncias devem ser feitas a um dos Ofícios de Direitos Humanos e Tutela Coletiva na Defensoria (R. da Alfândega, 70, Centro. Tel: 2460-5000).
Faltam médicos, sobram pacientes
Em visita ontem à emergência do Hospital Municipal Lourenço Jorge, Barra, o vereador Carlos Eduardo encontrou superlotação e falta de médicos. Havia pacientes internados em macas pelos corredores, sem assistência devida. “Apenas uma médica era responsável pelo setor, quando seriam necessários seis”, afirmou o parlamentar, que irá denunciar o caso ao Ministério Público.
A Secretaria Municipal de Saúde admitiu que ontem a unidade tinha em sua emergência 40% de pacientes a mais que sua capacidade e afirmou que vem contratando profissionais para reforçar o atendimento nas emergências.
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