terça-feira, 12 de julho de 2011
Depressão pós-parto atinge 15% das mulheres .
Síndrome pode ser tratada sem antidepressivos se for diagnosticada com antecedência
Mudanças repentinas de humor, ansiedade e ataques de pânico durante a fase puerperal, que sucede a gravidez, podem ser sintomas de depressão pós-parto. A síndrome, que atinge 15% das mulheres, não deve ser confundida com o blues puerperal, quadro em que os sintomas se apresentam bem mais leves e que atinge 85% das mulheres nos pós-parto.
Segundo o obstetra Jorge Rezende Filho, Chefe da Maternidade da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, não existe tratamento prévio para evitar a síndrome.
“Não há formas de prevenção, o melhor é admitir o problema e buscar ajuda. Também não é possível afirmar que a depressão ocorra apenas na primeira gravidez, não há uma regra para isso. Mas a tendência é que com as repetidas gestações, a insegurança gerada pelo desconhecido tenda a desaparecer.”
A causa do distúrbio ainda é desconhecida, mas acredita-se que pode estar relacionada às alterações hormonais que ocorrem durante o resguardo, período de repouso após o parto. Quando diagnosticada com antecedência, a depressão puerperal costuma ser tratada sem o uso de medicamentos antidepressivos, apenas com auxílio psicoterapêutico. Em geral, o tratamento dura entre 3 e 6 meses, mas a maioria dos casos tende a ser solucionado naturalmente, sem a intervenção médica.
“Embora o número de mães que necessitem desse tipo de acompanhamento médico específico seja bem menor que o daquelas que se recuperam espontaneamente, é importante dar o tratamento correto, pois nos casos mais graves, a mulher chega a ter ideias suicidas e pode agir violentamente contra a criança”, esclarece o médico.
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