segunda-feira, 11 de julho de 2011

Atividades simples podem trazer riscos a crianças e adolescentes.


Passar horas na frente do videogame ou do computador ou simples atividades físicas na escola podem trazer problemas cardíacos em crianças e jovens, caso não sejam diagnosticados e prevenidos de maneira precoce. O cardiologista Fernando Cruz, do Instituto Nacional de Cardiologia, alerta para os equipamentos eletrônicos que estimulam o movimento intenso das crianças, como o Nintendo Wii. Segundo o especialista, este tipo de videogame, se usado por horas consecutivas, pode aumentar o estresse infanto-juvenil e permitir o descontrole da frequência cardíaca, contribuindo para a sobrecarga do coração.

”Durante a prática de videogame a frequência cardíaca (FC) eleva-se e, com isso, aumenta o consumo de oxigênio. Crianças que têm doenças cardíacas ou arritmias mediadas por adrenalina devem evitar jogos que produzam estresse, inclusive brinquedos em parques temáticos, como montanha russa e aqueles em queda livre” , explica Fernando Cruz.

É importante que os pais fiquem atentos a sintomas como cansaço, infecções respiratórias de repetição (resfriados e pneumonia), além de dificuldade em ganhar peso e a facilidade em adquirir lábios e extremidades arroxeados ao praticar alguma atividade física. Quanto mais cedo os primeiros sinais são observados na infância, melhor será para prevenir os futuros problemas com o coração.

O médico aconselha os pais a levarem os filhos regularmente ao cardiologista e ao pediatra para realizar um check up antes de iniciar qualquer atividade física, seja para treinamentos em uma escolinha de futebol, seja para os exercícios das aulas de Educação Física no colégio.

“Toda escola deve exigir um atestado de liberação para atividade física. Este deve ser um pré-requisito para o aluno iniciar as atividades. O atestado deve conter o tipo de exercício físico (ou tipo de esporte) e a carga que a criança pode fazer”, esclarece o cardiologista.

Associado aos exames periódicos, o cardiologista ressalta que a preocupação com hábitos alimentares saudáveis deve vir desde cedo. Os pais devem oferecer aos filhos uma alimentação controlada, que não inclua a ingestão de alimentos gordurosos, além de estimular atividades físicas adequadas para a idade das crianças e adolescentes.

"Para retardar a progressão da doença nas crianças é necessário cuidar das complicações com os tratamentos específicos. E o importante é nunca abandonar o acompanhamento pelo pediatra, focando sempre na importância de se ter uma vida saudável”, conclui o especialista.

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